A revisão analítica dos fundamentos teóricos deste trabalho reforça a necessidade de desenvolver trabalhos empíricos relacionados à compreensão de como efetivamente ocorre a gestão das relações e dos recursos, em especial do conhecimento, em redes interorganizacionais, formadas por intermédio da terceirização. Ante tais constatações, esta tese tem como objetivo compreender como ocorre a conexão entre as práticas da gestão do conhecimento e os mecanismos de coordenação que garantem a coerência e a conectividade em uma rede de valor terceirizada. Para aprofundar tal problemática, tentou-se, a partir de evidências empíricas, elaborar proposições teóricas que poderão contribuir para o melhor entendimento da dinâmica de funcionamento da rede de valor terceirizada. A pesquisa empírica foi conduzida por meio de entrevistas com diretores, gerentes, coordenadores e colaboradores de quatro distribuidoras brasileiras de energia elétrica. Os resultados da pesquisa levaram às seguintes proposições: a) ao terceirizar várias atividades da cadeia de valor, as distribuidoras passaram a gerenciar não mais uma cadeia de valor como pensada inicialmente por Porter (1985), mas sim uma rede de valor constituída pelas empresas terceiras; b) é responsabilidade da distribuidora, por meio da implementação e disseminação das práticas da gestão do conhecimento, promover o fluxo informacional, facilitar a comunicação e o alinhamento das estratégias, reduzir as assimetrias e estabelecer expectativas comuns com as empresas terceirizadas; c) as diferenças percebidas entre os casos pesquisados estão associadas aos níveis de consolidação dos mecanismos de coordenação de cada distribuidora, que dependem da implantação e da amplitude das práticas da gestão do conhecimento; d) quanto mais práticas a distribuidora consegue implementar e disseminar junto às empresas terceirizadas, mais consolidados são os mecanismos de coordenação que suportam os resultados da rede de valor; e e) a congruência entre os mecanismos de coordenação e as práticas da gestão do conhecimento potencializa a conectividade e a coerência entre a distribuidora e as empresas terceirizadas. O encadeamento desses atributos garante vantagem competitiva sustentável ao promover a criação, disseminação e uso do conhecimento na relação entre contratante e contratado. Acredita-se que esses resultados também poderão orientar as ações gerenciais que implicam a formação, gestão e compreensão do fenômeno organizacional da rede de valor formada por empresas terceirizadas.
Souza, Leonardo Leocádio Coelho de. Mecanismos de coordenação e práticas da gestão do conhecimento na rede de valor terceirizada: estudo no setor elétrico. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Florianópolis, 2011.
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Mecanismos de coordenaçãoOrganizações em redePráticas de Gestão do ConhecimentoRede de Valor Terceirizadasetor elétricoTerceirização
Este artigo tem como foco de pesquisa o estudo sobre os mecanismos que determinam o funcionamento e a competitividade de uma cadeia de valor terceirizada, que associa-se a configuração em rede, em virtude da terceirização das atividades da cadeia de valor proposta por Porter (1985). A motivação base para realização deste estudo está nas reflexões sobre pesquisas envolvendo as temáticas cadeia de valor, terceirização, vantagem competitiva, rede de valor e redes interorganizacionais. Portanto, este artigo tem como objetivo analisar e apresentar como funciona uma cadeia de valor terceirizada e quais os mecanismos que sustentam sua competitividade. Para alcançar este objetivo, foram realizadas, além da revisão de literatura, visitas e entrevistas in loco, com diretores, gestores e colaboradores operacionais da maior distribuidora de energia elétrica do Brasil. Verificou-se que os mecanismos de coordenação estabelecidos pela empresa analisada possibilitou, além da redução de custos, uma melhora significativa em relação a comunicação, equipamentos, tecnologia para execução dos serviços e segurança no trabalho. Essa contribuição instiga as constatações teóricas apresentadas e as relaciona com os mecanismos de coordenação utilizados pelo caso escolhido.
Referência: SOUZA, L.; VARVAKIS, G. Mecanismos que sustentam a competitividade de uma cadeia de valor terceirizada: o caso da maior distribuidora de energia elétrica do Brasil. GESTÃO.Org , v. 9, n. 3, p. 505 – 533, 2011.
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cadeia de valorElectric sectorOrganizações em redeOrganizations networksOutsourcingRede de valorsetor elétricoTerceirizaçãoValue chainValue Network.
A revisão analítica dos fundamentos teóricos deste trabalho reforça a necessidade de desenvolver trabalhos empíricos relacionados à compreensão de como efetivamente ocorre a gestão das relações e dos recursos, em especial do conhecimento, em redes interorganizacionais, formadas por intermédio da terceirização. Ante tais constatações, esta tese tem como objetivo compreender como ocorre a conexão entre as práticas da gestão do conhecimento e os mecanismos de coordenação que garantem a coerência e a conectividade em uma rede de valor terceirizada. Para aprofundar tal problemática, tentou-se, a partir de evidências empíricas, elaborar proposições teóricas que poderão contribuir para o melhor entendimento da dinâmica de funcionamento da rede de valor terceirizada. A pesquisa empírica foi conduzida por meio de entrevistas com diretores, gerentes, coordenadores e colaboradores de quatro distribuidoras brasileiras de energia elétrica. Os resultados da pesquisa levaram às seguintes proposições: a) ao terceirizar várias atividades da cadeia de valor, as distribuidoras passaram a gerenciar não mais uma cadeia de valor como pensada inicialmente por Porter (1985), mas sim uma rede de valor constituída pelas empresas terceiras; b) é responsabilidade da distribuidora, por meio da implementação e disseminação das práticas da gestão do conhecimento, promover o fluxo informacional, facilitar a comunicação e o alinhamento das estratégias, reduzir as assimetrias e estabelecer expectativas comuns com as empresas terceirizadas; c) as diferenças percebidas entre os casos pesquisados estão associadas aos níveis de consolidação dos mecanismos de coordenação de cada distribuidora, que dependem da implantação e da amplitude das práticas da gestão do conhecimento; d) quanto mais práticas a distribuidora consegue implementar e disseminar junto às empresas terceirizadas, mais consolidados são os mecanismos de coordenação que suportam os resultados da rede de valor; e e) a congruência entre os mecanismos de coordenação e as práticas da gestão do conhecimento potencializa a conectividade e a coerência entre a distribuidora e as empresas terceirizadas. O encadeamento desses atributos garante vantagem competitiva sustentável ao promover a criação, disseminação e uso do conhecimento na relação entre contratante e contratado. Acredita-se que esses resultados também poderão orientar as ações gerenciais que implicam a formação, gestão e compreensão do fenômeno organizacional da rede de valor formada por empresas terceirizadas.
SOUZA, L. L. C. Mecanismos de coordenação e práticas da gestão do conhecimento na rede de valor terceirizada: estudo no setor elétrico. 2011. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.
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Gestão do ConhecimentoPráticas de Gestão do Conhecimentoredes de valorsetor elétricoTerceirização
O setor brasileiro de distribuição de energia elétrica expandiu a terceirização para toda a cadeia de valor, incluindo serviços diretamente ligados ao core business das empresas. Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo analisar os modelos da gestão da terceirização desenvolvidos por duas distribuidoras brasileiras de energia elétrica. Foram realizadas visitas e entrevistas in loco, com stakeholders das distribuidoras e das empresas terceirizadas. A principal contribuição é que a terceirização requer níveis mais elaborados de gestão, sugerindo a expansão da capacidade técnico-gerencial da empresa.
Referência: SOUZA, L.; Maldonado, M.; Varvakis, G. Gestão da terceirização no setor brasileiro de distribuição de energia elétrica. Revista de Administração de Empresas, v. 51, n.2, 2011.
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Energia ElétricaInovaçãoOutsourcingTerceirização
Service outsourcing has become widespread in the electric energy sector in Brazil. In this article, we present a case study of an innovative model for outsourcing management designed by a large electric energy distribution organization in Brazil, which outsources core and support business processes. This article reports how this company faced the challenges imposed after suffering serious operational problems with outsourcing companies and the innovative approach that was taken in order to improve performance and reduce safety risks. Post-implementation results corroborate the positive financial and operational consequences of the innovative model
Referência: MALDONADO, M.; LEOCÁDIO, L.; VARVAKIS, G. Focus on practice service process innovation in the Brazilian electric energy sector. Springer, v. 4, n.1, 2010.
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cadeia de valorInovaçãoSistemas de GestãoTerceirização
O objetivo deste trabalho é analisar e apresentar os avanços da terceirização, levando em consideração a gestão por processos e a gestão do conhecimento como forma de se obter ganhos de especialização. A pesquisa permitiu constatar que a terceirização de um processo permite inserir uma base de conhecimento mais robusta e especializada, podendo agregar maior valor ao processo produtivo e, conseqüentemente, aos bens e serviços requeridos pelos clientes
Referência: LEOCÁDIO, L.; DÁVILA, G.; VARVAKIS, G. A Gestão do Processo e do Conhecimento na Terceirização. SIMPOI, 2009, São Paulo. SIMPOI – XI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais. São Paulo : FGV-SP, 2009.
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Gestão de ProcessosGestão do ConhecimentoTerceirização
O presente trabalho trata da evolução das formas organizacionais, destacando-se a necessidade de novas ferramentas/práticas para ajudar os gestores empresariais a dar conta dos crescentes níveis de complexidade. Relatou-se, portanto, as principais características e peculiaridades da terceirização, fazendo-se necessário compreender que a desverticalização é irreversível e que as empresas, os trabalhadores e a legislação devem se adaptar à realidade. A pesquisa é bibliográfica, de natureza exploratória e descritiva. Inicialmente, foram feitas abordagens teóricas tais como: formas organizacionais, redes, terceirização estratégica, administração estratégica e colaboração. Em seguida, fez-se a análise conceitual, procurando identificar dentre as informações coletadas aquelas que mais poderiam agregar valor a esta pesquisa. Os dados foram tratados qualitativamente, com a proposição de um corte temporal espacial do fenômeno terceirização. A pesquisa permitiu constatar que o sucesso da gestão de terceiros corteja efetivo e eficiente gerenciamento de um amplo portfólio de relações entre os envolvidos. Isso é sugerido, mesmo sendo verdade que nem todos os processos de terceirização implicam parcerias, pois há condições específicas que justificam esse investimento
Referência: LEOCÁDIO, L.; FERRAZ, S.; VARVAKIS, G.; KAMINSKI, D. Características e Peculiaridades da Terceirização Estratégica diante das Novas Formas Organizacionais. Seminários em Administração FEA-USP. X SEMEAD. São Paulo, Brasil.
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Terceirização
O presente artigo analisa e discute a terceirização como uma prática a ser considerada na administração estratégica e na gestão do fator humano. Para fazer face à diversidade de práticas e de conceitos negociais, constitui-se pesquisa de natureza exploratória e descritiva. Dessa maneira, propôs-se estudos sobre estratégias competitivas, forças atuantes no mercado competitivo, competências centrais, decisão fazer versus comprar, terceirização e gestão do fator humano. Em seguida, fez-se a análise conceitual, procurando identificar dentre as informações coletadas aquelas que mais poderiam agregar valor a esta pesquisa. Tomando como base as técnicas qualitativas, constatou-se que a decisão de terceirizar determinado serviço não deve ser tomada de forma aleatória, mas somente após a definição do plano estratégico e identificação de suas vantagens, além de desenvolver e estabelecer parâmetros e formas de se avaliar a adequação do terceiro ao serviço pretendido. Ou seja, a terceirização requer níveis mais elaborados de gestão do fator humano, porque ela amplia a cadeia de valor e sugere a expansão da capacidade técnico-gerencial da empresa.
Referência: LEOCÁDIO, L.; FERRAZ, S.; VARVAKIS, G.; SANTOS, J. Estratégia Empresarial, Gestão do Fator Humano e a Terceirização. Seminários em Administração FEA-USP. X SEMEAD, 2007. São Paulo, Brasil.
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estratégia empresarialgestão do fator humanoTerceirização